segunda-feira, 18 de julho de 2016

Etiquetas eletrônicas no varejo: inovação, economia e sustentabilidade


Começa a ser vista com mais frequência no varejo brasileiro uma tecnologia que tem trazido um grande avanço à comunicação de preços, promoções e outras informações dentro das lojas. Hoje presente em mais de 100 lojas no Brasil, asetiquetas eletrônicas de prateleira (expressão originada da sigla ESL, ouElectronic Shelf Label) já mostraram na prática que podem gerar muitos benefícios em termos de eficiência, economia, segurança e sustentabilidade – seja aos consumidores que precisam ir ao mercado para fazer as compras do mês, seja aos próprios varejistas.
Etiquetas eletrônicas no varejo: inovação, economia e sustentabilidade
 Não por acaso, pesquisadores da Universidade de Cincinatti, nos EUA, classificaram as etiquetas eletrônicas entre os avanços mais importantes que os consumidores podem esperar nos campos da leitura eletrônica e dos papéis eletrônicos nos próximos 20 anos. Fora do Brasil, a tecnologia já está em operação em grandes redes varejistas em mais de 40 países.
 Em breve, ao caminhar por supermercados e lojas de departamento, será comum visualizar tais etiquetas. Elas são dispositivos digitais com tela de tecnologia e-paper que permanecem instaladas nas gôndolas como uma etiqueta comum de papel, só que com uma enorme vantagem: exibem muito mais informações no mesmo display e são atualizadas de forma automática e instantânea.
 Mais do que simplesmente atualizada, cada etiqueta confirma ao administrador, por meio de uma tecnologia de comunicação bidirecional, que registrou todas as mudanças solicitadas de preços e dados. Em caso de desatualização, bateria fraca ou furto, o sistema comunica o problema ao varejista imediatamente.
 Desta forma, do ponto de vista do consumidor, as etiquetas eletrônicas evitam surpresas no caixa com a cobrança de valores diferentes, devido a mudanças nos preços que podem não ter sido claramente informadas (eu já tive essa experiência e, confesso, não é nada agradável). Além da alta confiabilidade dos dados, outras vantagens incluem informações mais completas sobre características técnicas dos produtos, promoções de última hora, receitas e acompanhamentos sugeridos para cada item, entre outros detalhes.
 Dados gerenciais, extremamente úteis para os varejistas, complementam as possibilidades do dispositivo, informando sobre disponibilidade em estoque,facing, validade de produtos e margem de vendas de cada item. Cada etiqueta exibe essas informações a partir da integração com a plataforma de gestão utilizada pelo supermercadista. São mais de 30 páginas de dados por etiqueta, dentro de um sistema capaz de atualizar até 100 mil unidades em apenas 5 minutos. Toda essa organização coloca a gestão de preços em um patamar muito avançado para os padrões hoje adotados no Brasil.
 Ainda para os donos de supermercados e lojas de departamento, as etiquetas eletrônicas ajudam a acelerar a reposição de itens nas gôndolas e permite o agendamento de promoções durante o dia, ampliando a rentabilidade do estabelecimento e criando mais oportunidades para que o cliente economize nas compras.
 A economia, aliás, é um dos grandes benefícios da solução. Hoje em dia, o mais usual é que um funcionário rotule os produtos nas prateleiras, tanto para identificá-los como para atualizar os preços. A partir de um controle centralizado baseado em rádio frequência, a etiqueta eletrônica permite que qualquer mudança nas informações dos produtos seja feita de forma 100% automática em questão de segundos, sem que um colaborador precise se deslocar até a gôndola e – o mais importante – sem o uso das etiquetas convencionais, reduzindo custos com papel e impressão. Este é um dos motivos que fazem a tecnologia ser apontada como referência em inovação e sustentabilidade.
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/etiquetas-eletr%C3%B4nicas-varejo-inova%C3%A7%C3%A3o-economia-e-denise-lefol?trk=hp-feed-article-title-like

ISO 37001 exclusivo programa anticorrupção


Objetivo da norma 37001 será certificar junto a investidores e parceiros comerciais que empresa implementou sistema para evitar más práticas
A repercussão global da Operação Lava Jato do Brasil reforçou nossa imagem de um país corrupto, onde as empresas tem que, obrigatoriamente, praticar a corrupção para operacionalizar seus negócios. Ou seja estamos sendo comparados com vários países da África, onde esta prática é institucionalizada.
ISO 37001 exclusivo programa anticorrupção
A ISO, entidade, sediada na Suíça, está lançando a norma 37001 que vai permitir a certificação dos programas anticorrupção, de maneira similar ao que acontece com várias atividades técnicas para as quais a ISO define padrões respeitados por empresas de todo o mundo.
A nova norma difere da ISO 19600, que trata de programas de compliance, por ser focada exclusivamente nos sistemas de prevenção à corrupção. Além disso, ela fará orientações obrigatórias para obter a certificação, e não sugestões. A ISO 19600 foi indicada pelo juiz Sergio Moro como referência para a reestruturação dos programas anticorrupção da Andrade Gutierrez, segundo a Folha de S.Paulo.
A implementação da norma e sua posterior certificação podem vir a se tornar uma importante ferramenta para empresas que trabalham em setores de alto risco de corrupção, como o petróleo ou a mineração, ou em países onde as más práticas estão amplamente difundidas, como o Brasil. Assim elas podem tranquilizar seus investidores e parceiros comerciais a respeito do risco de envolvimento involuntário em operações escusas.
Especialistas acreditam que, como resultado da aprovação de leis de alcance global como o FCPA americano, o UK Bribery Act britânico ou a Lei Anticorrupção brasileira, haverá uma cobrança crescente por parte de companhias internacionais no sentido de receber garantias de que seus parceiros atuam dentro dos limites da lei.
A julgar pela carta publicada pela construtora Andrade Gutierrez nos principais jornais do Brasil, há indícios, ainda que incipientes, de que grandes grupos brasileiros também caminham nesta direção.
ISO 37001
A norma se dedica a definir padrões para a implementação de programas de combate à corrupção. O objetivo é indicar como se pode “estabelecer, implementar, manter e melhorar” um programa deste tipo.
Ela está sendo elaborada por representantes de cerca de 40 países. O Brasil está sendo representando pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, de acordo com os documentos oficiais da ISO sobre o tema.
A ideia é que os processos recomendados pela norma se integrem facilmente a outros sistemas de administração já utilizados pelas empresas, como por exemplo a muito difundida ISO 9001, que se refere aos sistemas de qualidade.
De acordo com a ISO, o comitê responsável pela elaboração da norma já chegou a um rascunho da versão final que foi submetido aos participantes do processo na metade de abril. A versão foi aprovada por 91% dos membros do comitê.
O próximo passo, de acordo com profissionais envolvidos nos trabalhos, é finalizar o chamado documento de referência na próxima reunião da ISO, que será realizada no final do mês no México. Uma vez que este documento esteja preparado, abrem-se as portas para que a norma seja publicada no segundo semestre de 2016.
O que dirá a norma
A norma deve sugerir maneiras de evitar a adoção de práticas corruptas nas empresas, mas não vai incluir uma definição do que constituem estes atos. Ela deve remeter as empresas às definições legais de corrupção existentes em cada país.
Mas, segundo Philippe Montigny, o CEO da empresa de certificação francesa Ethic Intelligence, a publicação da ISO 37001 vai reforçar o fato de que hoje existem princípios reconhecidos internacionalmente para combater a corrupção nas empresas
De acordo com a ISO, a norma está sendo elaborada de modo que pode ser implementada tanto por empresas de grande porte como por suas rivais pequenas e médias em qualquer país do mundo. Ela visa orientar entidades nos setores público e privado e também ONGs.
Para tanto, a ISO 37001 deve definir padrões aceitados internacionalmente para temas como:
– políticas, procedimentos e controles de prevenção da corrupção;
 liderança, compromisso e responsabilidade da alta direção;
– fiscalização dos altos níveis hierárquicos da empresa
– treinamento anticorrupção;
– análise e avaliação de riscos;
– due dilligence em projetos e com relação a parceiros comerciais;
– reporting, monitoramento, investigação e revisões;
– ações corretivas e aprimoramento contínuo do programa.
Um dos objetivos de todo este processo é mostrar que a organização tomou medidas aceitáveis para tentar evitar que seus funcionários se envolvessem em irregularidades, o que pode vir a ser um argumento bastante útil durante um eventual processo judicial. Mas a própria alerta que a implementação do programa conforme suas regras não será garantia de que irregularidades não venham a acontecer.
A norma também deve conter indicações sobre o estabelecimento de canais de denúncias dignos do nome e sobre as políticas de presentes e brindes das empresas.
Outro tema a ser abordado será a comunicação do programa a parceiros comerciais e seu envolvimento nos esforços da companhia.
Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano,CRMA,CES,DEA,DSE,MBS.Doutor em Science et Ingénierie de L’Information et de L’Intelligence Stratégique, pela Université East Paris - Marne La Vallée – Paris – França, é presidente da Brasiliano & Associados Gestão de Riscos.